segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Distraída - Parte II

Ela era esquisita
Desajeitada
Estranha
Alienada
Completamente desligada

Distraída

Todo dia era igual
O mesmo tombo
O mesmo esquecimento
Os mesmos arranhões
Talvez agora em lugares diferente

Já nem mais se importava
Não sentia mais dor
Já nem sentia vergonha
De torcer o pé na rua
Derrubar os cadernos no ônibus
Enrolar nos fios espalhados
E desligar tudo

Não estava nem aí
Porque era alienada
De tudo, todos
E até mesmo de si mesma

Um dia caiu
Como caía nos outros
Mas agora não foi parar no chão
Mal viu o que aconteceu
Foi rápido 
Dessa vez não teve arranhão

Foi acolhida
Segurada
Aparada por dois braços
- fortes -

Aqueles braços ela conhecia
Não eram estranhos
Já havia sentido também aquele perfume
O sorriso era o mesmo
Os olhos eram os mesmos
Igual era também a voz

Sim! Era ele
Aquele rapaz sumido
Que ela tentava esquecer
Mas as lembranças voltavam
Como que num caso mal resolvido

E se não bastasse
Ele a acolheu como se nada tivesse acontecido
Como se não tivesse existido nenhum mal entendido


E, pelo menos dessa vez,
Ela gostou de ser distraída
Desajeitada
Estranha
Alienada
Completamente desligada

Pois por um ato
Desses de pura distração
Ela caiu novamente nos braços
Daquele moço que tinha lhe roubado o coração


segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Soneto de uma despedida temporária

Era uma vez um Sol, um ser muito importante
Brilhava todos os dias, por anos
Alegrava várias pessoas, ajudava ela nos seus planos
Esse Sol sempre raiava até anoitecer, desde o tempo mais distante

Um dia se despediu de todos e foi dormir como sempre fazia
Eis que na hora do amanhecer ele não apareceu
Todos ficaram assombrados e procuraram saber o que aconteceu
O Sol ainda estava dormindo, mas não quis mais acordar - não haveria mais dia!

Aquele Sol estava muito cansado
Foi obrigado a tirar um tempo de férias, precisava mesmo descansar
Talvez ele não tivesse ideia de como isso deixaria o povo desesperado

Todo mundo chorava, foi muita tristeza...
Mas eles precisavam saber que um dia, novamente, aquele Sol vai voltar a raiar
Vai brilhar ainda mais forte e esquentar o coração de todos aqueles que conheceram sua beleza!



P.s.: Descanse bem, meu Sol!

sábado, 14 de agosto de 2010

Procura-se Inspiração



Estou perdida
Totalmente sem localização
Busquei por uma ajuda qualquer
Uma simples informação

"Quando venderão o segundo lote?"
Preciso correr pra comprar
Vou ser a primeira da fila
Dessa vez de fora não de posso ficar

Foi quando me falaram:
"Apressar não adianta,nem precisa correr.
Vendemos todos os lotes
Nem um ingresso sobrou pra você!"

Pronto! Era o fim!
Estava totalmente de fora.
E não era a primeira vez
Já havia perdido outrora

Estava bem na hora
Iria começar a distribuição
E devido ao meu atraso
Mais uma vez eu não receberia a "Inpiração"

Procurei então outros meios
De "Inspiração" encontrar
Mas tudo parecia impossível
Já tinha perdido muito tempo
Mas não estava na hora de parar

Procurei por todos os lugares
Shopping, restaurantes e bares
Praia, Clube, Cachoeira
Até na casa dos meus familiares

Mas a danada tava escondida
Ou talvez não
Meu Deus! Socorro!
Será que sequestraram a minha Inspiração?

Pago o resgate!
Tudo que pedirem eu pagarei
Farei tudo ao meu alcance
Mas jamais sem ela eu ficarei

E se foi acidente?
Chamem a emergência!
Procurem em todos os hospitais!
Preciso dela, com urgência!!!

Não a encontro
E nem dela ouço falar
Vou chamar a imprensa
E nos jornais anunciar

Vai ficar bem grande na manchete:
"Moça procura Inspiração!"
Se logo não a encontrarem
Vou sofrer de vazio no coração


P.s.:

Mas uma coisa eu prometo
Quando a danada eu encontrar
Textos tão non-sense e toscos - como esse
Aqui nesse blog eu jamais irei postar

domingo, 4 de julho de 2010

"Um café e um blog com duas colheres cheias de inspiração, por favor!"




Gostaria de sugerir um novo verbo para a lingua portuguesa: Blogar!

Eu Blogo
Tu Blogas
Ele Bloga
Nós Blogamos
Vós Blogais
Eles Blogam

É um verbo principal, mas não dispensa um auxiliar:

Eu Comento
Tu Comentas
Ele Comenta
Nós Comentamos
Vós Comentais
Eles Comentam

Eu sei que esse não é inédito, mas talvez nunca foi tão usado quanto agora.

Todo mundo bloga, todo mundo comenta!

Também temos um novo adjetivo: Blogueiros!

Eu,tu, ele, nós, vós, eles... somos todos Blogueiros!

Mas ainda existe uma outra palavra, uma que dipensa classificação e conjugação. Mas que é indispensável: Inspiração!

Se tivermos Inspiração, blogamos e comentamos.

E se ela faltar, a gente bloga do mesmo jeito... e assim saem textos toscos, como esse!

E de verbo o 'blog' volta a ser um objeto:

"Um café e um blog com duas colheres cheias de inspiração, por favor!"



sexta-feira, 28 de maio de 2010

Sentimentos (des)equilibrados


Confesso que hoje eu estou com muita vontade de escrever.

Queria poder arrancar do meu peito toda essa angústia, essa agonia, esses sentimentos malditos que insistem em me pertubar nessa fria noite de sexta-feira. Arrancá-los e jogá-los num papel em forma de uma bela poesia ou de uma carta de amor, colocá-la dentro de uma garrafa e depois jogar no mar - assim como nos filmes - porque talvez alguém, lá longe, no outro continente a encontre. E talvez esse alguém goste e perceba todo o sentimento ali escondido.

Mas enquanto a poesia/a carta de amor não sai da minha mente resolvo ler o que outras pessoas escreveram antes de mim. E encontro ali, muitas vezes em palavras simples, um conforto, um consolo... algo que não consigo explicar. E de repente, todos aqueles sentimentos ruins são transformados em esperança, saudade, alegria...

Como que numa balança, sinto-me novamente equilibrada - pode até parecer, mas isso não é bom. Fico confusa: sem vontade de chorar, mas também sem vontade de rir. E, então, fico 'sem sentido'...

"Já não sinto amor, nem dor, já não sinto nada"

sábado, 22 de maio de 2010

"Desculpa, estou um pouco atrasada..."



Decidi colocar um ponto exclamação no meu passado para terminá-lo de uma forma amigável. Há muito tempo eu tenho tentado fazer isso e sempre mudo de ideia, principalmente, quando resolvo reler todas as mensagens arquivadas na memória do meu celular. Mas já estava cansada de viver o meu hoje presa no que fui ontem. Cansei de viver de nostalgias, choramingando pelos cantos o que já passou enquanto me esquecia de sorrir o que estava acontecendo e de criar expectativas para o que estaria pra acontecer. Comecei,então, por deletar todas aquelas mais de 300 mensagens do celular.

Eu não quero esquecer definitivamente o meu passado e muito menos as pessoas que nele estiveram presente. Quero apenas abrir meus olhos, enxergar além e acreditar que o que eu vou viver no futuro vai ser muito melhor do que tudo que vivi no passado. Tudo mudou em minha vida! Muitas coisas aconteceram nessas quase duas décadas de existência. E os objetivos que eu tenho hoje não são, nem chegam perto, dos que eu tinha há algum tempo atrás.

Eu estive completamente perdida durante um tempo, não sabia onde e nem como me reencontrar. Mas apesar da demora e da longa busca sinto que agora, finalmente, estou andando no caminho certo... um dia eu me acho por inteiro - "espero que ainda dê tempo".




Uma música pra hoje:
Por Onde Andei - Nando Reis

segunda-feira, 26 de abril de 2010

A Poesia Prevalece mesmo

Hoje resolvi falar um pouco de mim. Primeiro, porque tenho andado sem inspiração pra textos mais complexos. Depois porque preciso atualizar meu blog e estou aproveitando minha leve insônia dessa madrugada de segunda-feira.

Conversando com minha tia outro dia, ela me perguntou quem escrevia os textos do meu blog. "Oras, eu!". "Menina, mas você faz matemática!" -disse Tia Shirley. Pois é, faço. Não acredito que escrevo tão bem assim pra tamanho espanto.[1] Mas minha tia me conhece, talvez uma das únicas que me conhece tão bem. E ela sabe que é uma das principais culpadas por esse meu gosto [A]normal por literatura e por isso me arrisco de quando em vez a escrever bobagenzinhas. Sim, eu amo literatura!

Tudo começou de um forma "sutil", digamos. Quando eu estava na terceira série ela mandou eu ler "Pollyana Menina- de Eleanor Porter" [2] Depois surgiu com "O menino do dedo verde", os clássicos de Shakespere entre outros. Depois, pra completar, na quarta série eu tive aulas com Tia Ladinha que é uma fanática por literatura e fazia com que todos lessem um livro por semana e depois teriam fazer um resumo literário - tinha até caderninho especial pra isso. Foi quando eu conheci os livros de Monteiro Lobato e as aventuras do Menino Maluquinho. Apesar dela brigar comigo por causa do meu amor explícito por matemática, ela foi marcante - de forma positiva - em minha vida. Depois apareceu o Sarau do Centenário do meu amigo Carlos Drummond de Andrade e antes que eu me esqueça uma gincana de leitura na sétima série.

Bom, os relatos citados anteriormente ocorreram por volta do ano 1999-2003 E com o decorrer do tempo, eu fui esquecendo esse meu lado amante da literatura (brasileira, principalmente). Eu tava certa de que queria seguir na matemática, mas isso não me impediria de continuar com minha literatura. Mas infelizmente, eu a esqueci. Na verdade, durante esse anos de "Menina-das-Exatas" eu comecei assumir um lado muito racional e minha sensibilidade, meu lado-poético andou meio adormercido.

"E como ele "despertou"?" Oras, essa é fácil de responder e espero uma compreensão de todos vocês. Em meados de 2008, quando já estava na faculdade, um amigo me apresentou uma banda chamada "O Teatro Mágico". "E o que uma "banda-de-nome-estranho" tem a ver com isso?" TUDO! O Teatro Mágico não é uma simples banda, da mesma forma que eles não são apenas palhaços em cima de um palco - sim, eles "se fantasiam" de palhaços durante do show. Eles formam um trupe de apoio a música livre, toda a divulgação é feita via internet e de amigo-pra-amigo, não vendem cd's - todas as músicas estão disponíveis pra download no site deles. E as músicas tem o dom de mexer com meu íntimo, me tocam, me inspiram, me fazem ficar engajada nesse projeto-música-e-arte-independente. Nem é difícil de enxergar como eles tem o dom/poder transformador nas pessoas - uma trupe que começou com o Fernando Anitelli e seus Sarau's, fazendo poesias, e na voz-e-violão... chegou num patamar tão alto sem precisar pagar jabá's pra rádios e tv's pra divulgar o seu trabalho.



O Fernando, vocalista e idelizador, costuma dizer: "Viver é um arte!". Eu re-aprendi a viver: "vivendo a vida mais leve" e "não acomodando com o que incomoda".




"A POESIA PREVALECE!"

Ah, hoje eu recomendo uma música da época do Sarau do Fernando:
- Folia no Meu Quarto

Nota:
[1] Acho que o mais "absurdo" foi eu ter gabaritado a prova de português de um concurso que fiz semana passada. Hehehe
[2] A próposito, eu recomendo. Acho que é um livro que deve ser lido por todas as pessoas independente da idade.


P.s.: Ainda em tempo, tenho que dizer que meu blog é baseado numa música d'O Teatro Mágico chamada "..." (reticências).
Música
Letra

domingo, 4 de abril de 2010

Despedida



Chegada a hora da despedida
E na ânsia por mais um tempo juntos
Os olhares se comunicam

O silêncio predomina

Len-ta-men-te as bocas se encontram

Prevalece a dor da partida
E as lembranças levam no coração
Carregam também a incerteza
De que um dia novamente se encontrarão

domingo, 28 de março de 2010

Do zero

Eu queria poder escrever
Posso, mas não consigo
Não consigo vir aqui e dizer
O que fica escondido, só comigo

Então tento pensar em "estórias"
Daquelas mais surreais
Com super-herois e principes encantados
Que sempre tem felizes finais

Acabo fugindo demais do meu mundo
Tento, mas nunca fico satisfeita
De que adianta ficar inventando
Mentiras sobre uma vida perfeita?

Pronto!
Apaguei tudo!
Vamos começar do zero!
Mas por hoje já chega...
Amanha tento denovo -
- assim espero!

quinta-feira, 25 de março de 2010

Procura-se um travesseiro

2:31h da manhã: uma noite longa de conversas sem pressas com pessoas há muito tempo não vistas. Então resolvo preparar minha cama enquanto me depeço aos poucos de todos - as despedidas, mediante as conversas saudáveis e divertidas que tivemos outrora, costumam ser demoradas, rodeadas de p.s's e enrolações. Mas como já estava passando da hora e estava de férias na casa dos meus pais, resolvi me apressar.

Ao chegar no quarto, acendi a luz pra arrumar a cama rapidamente para não acordar minha irmã. Me deparei, então, com um problema: cadê meu travesseiro? Vasculhei cada canto possível do quarto e ele não estava. "Pode ser que ele esteja no sofá!", pensei, e fui pra sala na busca incesável pelo meu querido travesseiro, mas em vão.

Lembrei que havia sido dia de faxina e que todos os travesseiros da casa costumavam ficar divididos: um parte no quarto da sala e outra no quarto da minha mãe. E agora? Meu tio que acabara de chegar de viagem dormia com a porta trancada e ventilador ligado no quarto da sala. E bater no quarto da minha mãe poderia resultar em muito sermão, visto que ela há muito havia deitado e além disso ela sempre brigava por causa dessa minha insistência em dormir (muito)tarde.

"Terei que dormir sem travesseiro!", pensei. "Mas não, eu não consigo. E agora? Talvez eu conseguisse montar um, com edredons, colchas, toalhas, o que for..." Mas nada dava certo! O tempo passava e minha agústia pela falta de travesseiro só aumentava.

Levem meu sono... mas, por favor, devolvam meu travesseiro!


P.s.: esse texto é antigo, escrevi no carnaval quando estava na casa do meus pais mas só hoje encontrei ele perdido.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Sem Inspiração não posso escolher um bom título

Hoje saí em busca de inspiração.

Aproveitei o dia triste - sim, eu acho que os dias chuvosos são tristes - e fiquei por horas pensando em coisas totalmente sem nexo. Isso me deixou alienada o dia inteiro, fiquei distante de mim e de todos que me rodeavam. Tão distante que tentei, por muito tempo, fazer uma questão idiota da matéria que eu tava estudando, mas em vão. Nem as doses exageradas de café foram capazes de solucionar meu problema.



Voltei pra casa com o pensamento lotado de coisas a fazer: 'limpar casa, ir pra academia, ir no supermercado, hortifruti, lavar roupa,...' Droga, mas tá chovendo! E como acontece em todo dia chuvoso, eu só queria poder chegar logo no meu cantinho de repouso.

Ao chegar em casa ainda tentei me aprontar pra ir na academia, de repente cai aquela chuva. Então, desisti! (Confesso que nem foi tão difícil fazer isso :P) Fiquei um tempo rodeando pela casa pensando no que fazer: 'talvez uns exercícios, terminar de ler a teoria, falar com minha mãe na internet, fazer um lanche, tomar banho...' E acabei não fazendo nada disso... peguei no sono! Sono profundo e repleto de sonhos sem lógicas, mas muito reanimante. Acordei outra pessoa - depois de dormir por duas hora seguidas...

mesmo assim não encontrei a Inspiração.

Talvez ela esteja perdida no trânsito infernal desse dia chuvoso, numa tentativa sem sucesso de voltar pra casa ou talvez tenha se escondido. Sei lá, só espero encontrá-la um dia.

domingo, 7 de março de 2010

Beagá




BH do Pão de Queijo,
Da comida caseira,
Do feijão tropeiro...

BH dos clássicos,
Dos atleticanos,
Dos cruzeirenses...

BH da calmaria na lagoa da Pampulha
E da agitação sábado a noite na Savassi
BH das calouradas, cachaçadas, butecadas
BH dos barzinhos, do alambique...

BH
do sertanejo

BH
de cinema bom e barato
BH [do] shopping Del Rey

BH com'cê, pr'ocê, d'ocê
Do SÔH que ninguém conhece
E do UAI que ninguém se esquece

BH de agitação no Oiapoque
E no famoso Mercado Central...

BH de Liberdade até na praça
Do Horizonte mais Belo

BH dos melhores amigos,
Os mais receptivos,
Os mais animados...

BH da UFMG
BH de conquista
BH de amizade,
BH
de saudade...

BH
do Mineirão, do Mineirinho
BH dos mineiros e das mineiras
De um povo que vive intensamente
Eu amo BH radicalmente!

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Adeus!


Te procurei em outros rapazes
Busquei seu beijo em outros beijos
Procurei seu olhar em outros olhares

Mas não te encontrei!

Mesmo distante você sempre dominou meu caminho
Tentei ser carinhosa com os outros
Mas descobri que era só seu todo o meu carinho

E agora me ponho a pensar
Decido então te esquecer
Seguir meu caminho
Parar de sofrer, voltar a viver!

Talvez um dia você volte
E resolva então me procurar
Mas se isso não acontecer, não me importo
Melhor mesmo que não perca seu tempo
Pois prometi nunca mais te amar

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Pretérito Mais-Que-[IM]Perfeito



Ultimamente tenho pensado muito no futuro do meu passado. Mais precisamente, em como seria o meu futuro se o meu passado tivesse sido diferente.

Não acredito em predestinações: Deus nos deu o livre arbítrio pra guiarmos nossa vida/[fazermos nossas escolhas] sem interferência divina. Estou aqui, nesse exato instante e lugar, não porque alguém disse: 'ela vai estar ali no lugar x na hora y'. Mas se aqui estou é porque aqui quis estar. Mas porque eu quis isso? E se eu tivesse pensando um pouco mais e em alguns anos atrás a minha escolha tivesse sido diferente? Não necessariamente uma grande escolha, mas algo ínfimo como não viajar em um feriado ou não sair de casa num sábado a noite?

Eu não sei em qual exato instante a minha vida tomou esse rumo tão gigantescamente estranho que me trouxe pra esse exato lugar nesse exato instante. Não sei e vou continuar sem saber...

Vivemos um pretérito imperfeito - nosso passado nunca foi e nunca será acabado.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Uma apresentação um pouco egocêntrica

Talvez já esteja passando da hora da verdadeira Joyce aparecer nesse blog. A Menina que a maioria de vocês conhecem, aquela típica mineira estudante de matemática que tem se aventurado no Rio de Janeiro.
Mas isso não implica que eu tenha duas personalidades, o que, de fato, não é verdade! Mas é que esse meu lado, revelado ainda a pouco nesse blog, era desconhecido de muitos - acho que nem eu propria o conhecia.

Afirmativa: ∃! Joyce!

i.e, Eu existo e sou única!

Tá, eu sei que existem outras Joyce's por aí. Não me lembro de ter encontrado outra Joyce de Figueiró no Google, mas mesmo se isso tivesse acontecido, garanto que ela (ou elas) não iriam satisfazer todas as mesmas propriedades que eu (mesmo que elas não sejam, em sua maioria, boas - digo das propriedades :P).

Não quero abandonar meu ínfimo lado poético, pretendo conciliar ε (épsilons), δ (deltas), versos, rimas, e ∫ (integrais) . Por mais que pareça um absurdo, eu posso garantir que esses dois conjuntos não são disjuntos, pois pertenço a intersecção deles. Mas nesse sentido, não garanto a unicidade: Existem muitos outros poetas-matemáticos por aí! Aqueles que assim como um dia acreditaram que existem ∞ maiores que outros ∞, acreditam que as coisas convergentes nem sempre tem graça, que as vezes é muito melhor divergir, explodir, expandir...

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Amor Platônico



Pés gelados, mãos suando, coração disparado... tudo aconteceu tão de repente! Ninguém sabe explicar o que estava acontecendo, nem ela. Mas era como se o mundo tivesse parado - o mundo dela. A cena se desenvolvia em câmara lenta, passos suaves, movimentos intensos e sentimentos a flor da pele. E o olhar da moça continuava constante, sempre em uma direção. É como se não existisse mais nada, nem ninguém, e toda a atenção dela se concentrava naquele rapaz enquanto ele entrava pelo salão. A menina sempre foi extrovertida, daquelas que conversavam com todos e que de tudo falava. Mas perto dele as coisas eram diferentes. Ela perdia a fala, a voz, lhe fugiam as palavras, as frases... tudo virava bagunça em sua cabeça. Sentimentos se confundiam. Era tudo poesia. Existiam outros garotos mais bonitos, mais atraentes.... mas ela não se importava. De maneira estranha o coração dela se fixava naquele rapaz, era ele que fazia o coração da menina parar de repente e depois bater desesperadamente como se tivesse no mais alto nível de adrenalina. Ela não conseguia explicar o que sentia. Onde já viu sentir isso tudo por alguém que nem sabe o nome?

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Versos Improvisados



Cala-te coração,
Não me faça sofrer!
Não quero viver outra ilusão...
Quero estar sempre feliz no viver!


Minhas rimas são sempre pobres
Com as palavras não tenho intimidade
De mim elas sempre fogem
Não querem saber de amizade

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010



Meu coração tem tentado falar comigo
Mas não quero ouvi-lo.
Tenho medo de que ele me faça errar novamente,
Faça com que eu sofra.
Não quero ouvir meu coração,
Mas ele insiste...
Insiste!
Quer que eu o ouça!
Mas não quero!
Por favor, dá pra parar com essa insistência?
Que angústia!