sexta-feira, 17 de maio de 2013

Um gringo na academia



                Estou começando a considerar a ideia de fazer uma série de crônicas sobre academia. (série podia ser trocadilho, né?) Quem leu meus textos antigos sabe como não sou fã desse tipo de lugar, mas também deve estar por dentro da minha luta (in)constante pra um corpo nem tão perfeito, só menos ruim. Preciso confessar que desde o último mês tenho frequentado a academia diariamente e estou considerando o fato de fechar um plano semestral – e dessa vez prometo que não é só pretexto para aparecer por lá duas vezes por ano.
                Três vezes por semana eu faço uma aula coletiva de spinning de quarenta e cinco minutos e fico mais uma hora fazendo musculação. Mas ontem, sem nenhum motivo, resolvi inverter a ordem. Cheguei à academia uma hora antes da aula marcada pra malhar. Foi quando... conheci o amor da minha vida! Não, só que não. Mas notei um ser estranho naquele recinto. Estranhamente diferente de todos os outros que eu estou acostumada a ver todos os dias. Estranhamente alto. Estranhamente bonito. Não, ele não era moreno com barba por fazer... mas era alto. Alto, loiro e do olho azul. Logo vi que era gringo. Mas gringo de que parte do world, my friend? Nem pesquisei tanto, a concorrência era grande e ele também nem fazia meu tipo – só olhei um pouquinho, porque dizia o “poeta”: “olhar não tira pedaço!”.
                O mais engraçado foi como todas as garotas que estavam acostumadas a fazer aula de spinning cancelaram pra fazer musculação e ficar nos aparelho babando em cima do moço. Não, mais engraçado ainda é que ele nem fazia o tipo delas também. Apesar de todo aquele esforço malhando, o gringo era super magro. De repente aquelas meninas trocaram o gosto pessoal por aqueles brasileiros brozeados bombadões por um branquelo, magricelo, mas... handsome! Lindo. O garoto tinha um rosto perfeito. Gorgeous! Parece ter sido desenhado por Deus diretamente.
                A professora perguntou se eu toparia fazer a aula de spinning sozinha mesmo. “Por que não? É como ter uma personal trainer sem pagar mais por isso.” – foi minha resposta. O melhor é que a sala tem parede de vidro e aquele moço bonito ficou do lado pulando corda – foi uma visão exótica, te garanto. Passamos a aula fazendo comentários (quando me restava fôlego) sobre aquele dia peculiar na academia. O gringo chamou tanta atenção que até a secretária chegou no meio da aula e pediu pra falar com a professora e elas começaram a rir absurdamente do lado de fora da sala – só pra aguçar minha curiosidade. Depois elas me contaram como várias garotas estavam empenhadas em conquistar o americano – sim! Lindo e americano! A secretária confirmou a nacionalidade do moço e falou que ele só queria malhar um dia – pra tristeza de todas.
                Voltei hoje à academia e tomei um susto, nunca vi aquele lugar tão cheio em plena sexta feira – ainda mais em dia de final de novela da globo. Mas sem americanos. Todas as garotas que deveriam ter feito a aula de spinning ontem foram na de hoje – tem semana que a turma tem só dois alunos na sexta. Acho que por causa da chuva também estava cheio de brasileiros bronzeados bombadões conversando com loiras saradas – como sempre.
Mas lembro que estava malhando a panturrilha quando vi, la no fundo, pegando preços e horários com a secretária um moreno, nem tão alto, com barba por fazer, não tão magro, mas nem era bombado também...  Chamou minha atenção. Não sei se ele fez matrícula, se mora no bairro, no estado ou no país. Mas foi o suficiente pra me trazer de volta ao blog =)