sexta-feira, 28 de maio de 2010
Sentimentos (des)equilibrados
Confesso que hoje eu estou com muita vontade de escrever.
Queria poder arrancar do meu peito toda essa angústia, essa agonia, esses sentimentos malditos que insistem em me pertubar nessa fria noite de sexta-feira. Arrancá-los e jogá-los num papel em forma de uma bela poesia ou de uma carta de amor, colocá-la dentro de uma garrafa e depois jogar no mar - assim como nos filmes - porque talvez alguém, lá longe, no outro continente a encontre. E talvez esse alguém goste e perceba todo o sentimento ali escondido.
Mas enquanto a poesia/a carta de amor não sai da minha mente resolvo ler o que outras pessoas escreveram antes de mim. E encontro ali, muitas vezes em palavras simples, um conforto, um consolo... algo que não consigo explicar. E de repente, todos aqueles sentimentos ruins são transformados em esperança, saudade, alegria...
Como que numa balança, sinto-me novamente equilibrada - pode até parecer, mas isso não é bom. Fico confusa: sem vontade de chorar, mas também sem vontade de rir. E, então, fico 'sem sentido'...
"Já não sinto amor, nem dor, já não sinto nada"
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Sentimentos são confusos. Tê-los é cansativo, é sufocante, mas não tê-los é vazio, tedioso. Como evitar sermos sufocados por nossos sentimentos? Como evitar a inércia da insensibilidade?
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