sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Minha intuição pode se enganar, mas não falha


O conheci por acaso. Estávamos em algum evento social. Eu conversava com um grupo de amigos quando ele passou. O reparei porque vi que ele me encarava. Ou será que ele me encarou por que viu que o reparava? Tanto faz, mas, para disfarçar, olhei pra um amigo e comecei a contar algo que nem fazia sentido.
              
                - Tá tudo bem? – me perguntaram.
                - Tudo ótimo agora, ele já se foi.
               
                Tomaram o copo de chope da minha mão, alegando que eu já não estava no meu juízo normal. Mas nem poderia estar me sentindo melhor. Não precisava de mais nada. Quando o vi, tive certeza que havia encontrado o genro que minha mãe queria.
              
                Fingi que iria ao banheiro que ficava atrás do bar, onde ele estava, para vê-lo de mais perto. Mas, no caminho, vi uma conhecida, famosa por sua tagarelice, vindo em minha direção. Desviei para o bar, peguei uma bebida que estava no balcão e virei para que ela não falasse comigo. Saí e, na pressa, esbarrei em alguém.
               
                O rapaz estava com uma camisa branca e a bebida que eu, sem querer, deixei derramar nele, era azul. Ficou todo sujo e melado. Encabulada, abaixei para pegar o copo que ficou intacto no chão e, antes mesmo de olhar para o rosto dele, ofereci lenços de papel que eu tinha na minha bolsa.
                
                - Não vai adiantar, obrigado.
                - Caramba, perdão. Desculpa mesm... – foi aí que olhei pro rosto dele – Ai é você?!
                - Eu? O que tem? – ele perguntou.
                
                Deu vontade de dizer que eu senti que ele seria o futuro genro da minha mãe, mas não fui tão desbocada. Conversamos algum tempo no bar, rimos do acontecido e depois dançamos na pista.
                
               Ao final da festa, trocamos telefones. Ele me ligou no dia seguinte e saímos para dar uma volta na praia. Falávamos e ainda nos falamos diariamente, nos víamos e ainda nos vemos sempre que possível!
             
              Minha intuição não falhou dessa vez, ele é o genro da minha mãe. Só não sei se ele é, exatamente, o que ela sonhava. Estou, há alguns meses, ensaiando uma maneira de contar pro meus pais: “Pai, mãe, meu namorado é pagodeiro!”. 

5 comentários:

  1. kkkkkkkkkkkkkkkkk Gostei desta..aliás, não tem como não gostar, os textos nos prendem a atenção, mas eu não gosto de histórias com finais..me perco tanto na história que quando chega o final fico triste..Muito massa esse Blog!!!

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  2. Ah, para.
    Sempre pensei que seu namorado viria com um nariz de palhaço ou a cara pintada de branco, rsrs!!!
    Muito legal mesmo.
    Beijos!!!!!!

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  3. @Fredpython Obrigada!!!

    @Allan hahaha Binho, também esperava por um rapaz com nariz de palhaço e cara pintada, mas na falta dele, serve um pagodeiro hehehe Obrigada

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