quinta-feira, 18 de julho de 2013

Expresso pra viagem

- Um café expresso, por favor.

- Sim, senhora. Pra agora ou pra viagem?

- Pra agora. Não, não, quer dizer, pra viagem mesmo...

- Seu nome, por favor.

- Desculpa, mas vão ser dois expressos pra viagem.

- Coloco no nome de quem?

- No meu, oras.

- E qual é seu nome, senhora?

- Desculpa novamente, pode ser um expresso e um cappuccino?

- Como a senhora desejar...

- Pode ser cappuccino sem leite?

- Não, senhora. O nosso cappuccino é a base de leite.

- Leite de soja, tem?

- Temos, sim senhora. Então o pedido da senhora inclui um expresso e um cappuccino com leite de soja.

- Quem gosta de leite de soja? Se não pode tomar leite, que tome água, não é mesmo?

- Desculpa, como disse, senhora?

- Não, nada não. Estava aqui falando alto comigo mesma. 

- Podemos confirmar o pedido, senhora?

- Podemos cancelar o cappuccino? Leite de soja deve ser horrível.

- Então só um expresso, senhora?

- Dois expressos.

- Tudo bem...

- Dois expressos no mesmo copo, por favor. Você gosta de leite de soja?

- Desculpa. A senhora tá falando comigo?

- Tô, sim. Então, você gosta de leite de soja? 

- Sim, senhora. Sou intolerante a lactose.

- Relaxa, você não é único. Dizem que mais de 90% da população com mais de 40 anos é intolerante ou alérgico a lactose e, quanto aos mais novos, essa percentagem pode superar 60%. Ainda bem que não gosto de leite...

- Dois expressos, senhora? No mesmo copo, pra viagem.

- Pra viagem? Não, não. Pode cancelar o pedido, por favor?

- Como a senhora desejar.

- É que... a pessoa que eu estava esperando ainda não chegou.

- Tudo bem, senhora.

- Mas sem ressentimentos, ta bom? É que é meio complicado... 

- Complicado o que, senhora?

- Comprar um café assim, sem saber do gosto da pessoa. Nem sei se ele gostaria de café. Bom, na verdade, se ele viesse pra cá seria pra tomar café, não é isso que vocês vendem nesse lugar?

- Temos chá e cappuccinos também, senhora.

- Cappuccino é outro problema: imagina se peço um com leite e ele é alérgico?! Poderia matá-lo num primeiro encontro. A não ser que peça com leite de soja. Mas e se ele não gostar? Poderia matá-lo de desgosto, também. E o chá?

- Servimos chás quentes e gelados, senhora.

- Chá? Sei não... a não ser que ele seja Inglês. Vocês costumam receber muitos gringos por aqui? 

- Muito raro, senhora. Essa parte da cidade não é muito turística.

- Então esquece o chá.

- Desculpa a intromissão, senhora. Mas me perdi com o seu pedido. O que a senhora deseja mesmo?

- Eu, nada não. Agora não, obrigada.

- Então é pra cancelar tudo?

- Calma, tudo não. Ainda quero algo.

- O que a senhora deseja?

- Desculpa. É segredo.

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Um gringo na academia



                Estou começando a considerar a ideia de fazer uma série de crônicas sobre academia. (série podia ser trocadilho, né?) Quem leu meus textos antigos sabe como não sou fã desse tipo de lugar, mas também deve estar por dentro da minha luta (in)constante pra um corpo nem tão perfeito, só menos ruim. Preciso confessar que desde o último mês tenho frequentado a academia diariamente e estou considerando o fato de fechar um plano semestral – e dessa vez prometo que não é só pretexto para aparecer por lá duas vezes por ano.
                Três vezes por semana eu faço uma aula coletiva de spinning de quarenta e cinco minutos e fico mais uma hora fazendo musculação. Mas ontem, sem nenhum motivo, resolvi inverter a ordem. Cheguei à academia uma hora antes da aula marcada pra malhar. Foi quando... conheci o amor da minha vida! Não, só que não. Mas notei um ser estranho naquele recinto. Estranhamente diferente de todos os outros que eu estou acostumada a ver todos os dias. Estranhamente alto. Estranhamente bonito. Não, ele não era moreno com barba por fazer... mas era alto. Alto, loiro e do olho azul. Logo vi que era gringo. Mas gringo de que parte do world, my friend? Nem pesquisei tanto, a concorrência era grande e ele também nem fazia meu tipo – só olhei um pouquinho, porque dizia o “poeta”: “olhar não tira pedaço!”.
                O mais engraçado foi como todas as garotas que estavam acostumadas a fazer aula de spinning cancelaram pra fazer musculação e ficar nos aparelho babando em cima do moço. Não, mais engraçado ainda é que ele nem fazia o tipo delas também. Apesar de todo aquele esforço malhando, o gringo era super magro. De repente aquelas meninas trocaram o gosto pessoal por aqueles brasileiros brozeados bombadões por um branquelo, magricelo, mas... handsome! Lindo. O garoto tinha um rosto perfeito. Gorgeous! Parece ter sido desenhado por Deus diretamente.
                A professora perguntou se eu toparia fazer a aula de spinning sozinha mesmo. “Por que não? É como ter uma personal trainer sem pagar mais por isso.” – foi minha resposta. O melhor é que a sala tem parede de vidro e aquele moço bonito ficou do lado pulando corda – foi uma visão exótica, te garanto. Passamos a aula fazendo comentários (quando me restava fôlego) sobre aquele dia peculiar na academia. O gringo chamou tanta atenção que até a secretária chegou no meio da aula e pediu pra falar com a professora e elas começaram a rir absurdamente do lado de fora da sala – só pra aguçar minha curiosidade. Depois elas me contaram como várias garotas estavam empenhadas em conquistar o americano – sim! Lindo e americano! A secretária confirmou a nacionalidade do moço e falou que ele só queria malhar um dia – pra tristeza de todas.
                Voltei hoje à academia e tomei um susto, nunca vi aquele lugar tão cheio em plena sexta feira – ainda mais em dia de final de novela da globo. Mas sem americanos. Todas as garotas que deveriam ter feito a aula de spinning ontem foram na de hoje – tem semana que a turma tem só dois alunos na sexta. Acho que por causa da chuva também estava cheio de brasileiros bronzeados bombadões conversando com loiras saradas – como sempre.
Mas lembro que estava malhando a panturrilha quando vi, la no fundo, pegando preços e horários com a secretária um moreno, nem tão alto, com barba por fazer, não tão magro, mas nem era bombado também...  Chamou minha atenção. Não sei se ele fez matrícula, se mora no bairro, no estado ou no país. Mas foi o suficiente pra me trazer de volta ao blog =)

quarta-feira, 20 de março de 2013

Free water!!! - diário de viagem

Peço logo perdão pra quem ficou esperando por um diário de viagem que fracassou... Quer dizer, na verdade está tudo registradinho aqui, na minha memória e, apesar do atraso, vou tentar repassar tudo pra vocês.

Todo Brasileiro que vai pela primeira vez à América deve ficar surpreso igual eu fiquei. É uma infinidade de coisas novas, diferentes, bizarras e engraçadas que, se tentássemos registrar tudo, acabaria logo com algumas memórias de câmeras fotográficas...

Mas nada me surpreendeu tanto quanto a "free water"!

Eu estava com uma amiga em Santa Mônica, na minha primeira semana, quando resolvi entrar no Starbucks pra comprar uma água. Poderia comprar água em qualquer outro lugar, mas fiz questão de ir ao Starbucks porque lá eu teria "free wifi" (isso dá outra crônica). Entrei na fila e quando chegou minha vez o atendente me perguntou qual era meu pedido.

- Só água, por favor!

- Pode ser esse tamanho? - perguntou me mostrando um copo de tamanho médio.

- Claro. Quanto é?

Ele me olhou com uma cara de "Whaaaat? O que você tá perguntando?".

- How much is the water? - perguntei de novo.

- A água é "free". - respondeu ele rindo de mim como se eu tivesse feito a pergunta mais absurda do mundo.

- FREEEEEEEEEEEEE? Sério? Como? No Brasil nós pagamos pela água no Starbucks.

- Como isso é possível? - ele perguntou.

- Não sei. Mas pagamos e pagamos caro.

- Vocês pagam por água lá? Preciso montar um Starbucks com free water no Brasil.

- Sim, por favor! - eu disse.

O moço simpático (todo mundo era simpático naquele lugar, mesmo com o frio hahaha) virou pra pegar a minha água, levantou a mão com o copo vazio e disse:

"FREE WATER PRA BRASILEIRA!"

Saí daquele lugar bestificada! "Como podem dar água assim, de graça?". Eles eram estranhos, até eu descobrir que em todos os lugares a água é de graça e, em quase todo canto ainda tem um "free petisco" - seja um pão delicioso na Cheescake Factory ou um chips com molho ardido nos restaurantes mexicanos. Na verdade, estranhos somos nós. "Como é possível isso, ficar pagando por água?"

Tentei ir num Starbucks aqui no Rio e pedi água, me deram uma garrafa quente e ainda me cobraram 4 reais.

Saudade do tempo e do lugar onde a água era de graça... e geladinha!


(não gastei nem um centavo com as águas das imagens acima) ;)

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Diário de viagem #2

(fico devendo o #1)

- a viagem!

Engraçado que quando se viaja sozinha qualquer movimento é suspeito - ainda mais depois que uma amiga manda você tomar cuidado com o passaporte, porque existem quadrilhas especializadas em roubar passaporte com visto americano e uma outra amiga te conta casos de jovens que foram deportadas. Eu estava atenta, de fato!

Além do acima mencionado, eu tenho dificuldade pra dormir em viagens - ainda mais em viagens longas e desconfortáveis. Outro problema é que todo mundo começou a dizer: ande pelo avião pra você não ter trombose! Como andar pelo avião e cuidar do passaporte ao mesmo tempo era algo que perturbava meus pensamentos.

Tive a sorte de não ter mais ninguém na mesma fileira, mas não consegui aproveitar do espaço e descansar: tava preocupada com meu passaporte! Mas umas 3-4h depois de decolar cochilei. Mas acordei lembrando de todas as vozes (e de recados no face e no quadro da minha casa): "ande pelo aviao".

Foi quando tomei um grande susto: surgiu de repente uma velha do meu lado. Nao vi como ela chegou, mas so conseguia pensar em como ela estaria interessada no meu passaporte - e alguns dollares tambem. Decidi ir ao banheiro ( com a bolsa, claro) pra ver o que ela faria, mas quando voltei ela ja nao tava mais lá. Desapareceu!!

Se não bastassem as 7h de voo Rio-Panamá, fomos informados com pouco mais de 1h pra completar o destino que seríamos desviado para o aeroporto de bogotá, por causa de uma pane elétrica no Tucumen.

E foi nessa hora que pensei: "essas coisas só acontecem comigo. Todo mundo viaja sem problemas... Eu sou muito sorturda!" (Sarcarmo) Mas de fato fui sortuda, desembarquei no Panamá por volta de 10h da manha (horario local) e descobri que o voo que eu deveria estar em direção à Los Angeles estava atrasado, mas decolaria em 15min. Corri! Passei por umas mulheres que me fizeram abrir a mala de presente e me questionaram pra que tanto chocolate?! Mas me liberaram...

Quando entrei no avião tive outro problema: o aeroporto tava um caos em consequência da pane eletrica, entao varios pessoas foram remanejados. Descobri que tinham 2 pessoas com o bilhete 6A(eu era uma) e 2 com o bilhete 6B. Mas ao meu lado tinham duas amigas que viajavam juntas. Pra resolver o problema, o comissário trocou as duas de lugar: foram pra classe executiva!!! :0 "Por que não eu?! Esse tipo de coisa só acontece comigo! O que mais pode acontecer?" - pensei.

Aparentemente nada. Voo tranquilo. Desembarque tranquilo. Imigração tranquilo...

Mas aí chegou na parte das bagagens, fiquei uma hora esperando e nada da minha bendita mala. Depois de muito tempo fomos informados (umas 15 pessoas que vieram pela conexão) que nossa bagagem estava perdida em algum lugar no aeroporto de Tucumen no panamá. Sim, caro leitor, sou uma garota muito sortuda!!!

Fiquei um dia usando roupas emprestadas (ainda bem que tenho amigos). Mas sobrevivi, melhor ainda... As cachaças e todos os presentes que eu trouxe chegaram intactos. Eles nem sequer abriram a mala... Uffa!!!

domingo, 27 de janeiro de 2013

Diário de Viagem #0

- a pré viagem

Frio na barriga, nó na garganta, falta de apetite, insônia, ansiedade, mãos suando... Não! Não! Eu não estou apaixonada! Só vou viajar em uma semana. "Mas por que esse drama todo, Joyce?" - você deve estar se perguntando. Apesar de "dramática" ser um eufemismo ao se tratar da minha pessoa, preciso admitir que essa viagem será legen... (Wait for it) dária!!! 

Garota, eu vou pra Califórnia! Não vou viver a vida sobre as ondas, porque além de não ser  surfista, viajo no inverno e sou igual gato - de água fria passo longe. Mas fato que meu destino é ser star... Quer dizer, é "star aproveitando tudo ao máximo"! 

Ok! Vou parar de fazer piadas-trocadilhos nesse exato instante - até porque tenho uma mala pra arrumar. 

Vou aproveitar esse "diário de viagem" - espero conseguir atualizá-lo com frequencia - pra manter meus amigos informados sobre minha aventuras numa terra nem muito distante assim. Como ainda não tenho fotos, segue uma música ...

até breve =)


domingo, 29 de julho de 2012

Achei o culpado!



Ontem peguei um ônibus que fez um trajeto da Zona Sul pra Zona Norte do Rio de Janeiro – e o inverso também – sentei próximo à janela, que estava entreaberta, coloquei uma música no celular, os fones no ouvido e, sentindo aquele ventinho fresco de inverno atípico carioca, a reencontrei. Sim, ela. Tava ali o tempo todo esperando por mim.

Em meus dois anos de Belo Horizonte, morei próximo à UFMG, então pegar ônibus era indispensável – à menos que eu quisesse resolver algo no centro, o que raramente acontecia. Meu trajeto diário faculdade-casa se resumia a quinze minutos de caminhada dentro do campus.

Depois que mudei pro Rio as coisas mudaram drasticamente. Sempre morei na Zona Sul, mas estudava na UFRJ que fica no campus da ilha do fundão – na zona norte. Era uma viagem diária. Ônibus lotado, pessoas de todo que é tipo, baratas, vendedores ambulantes, sol escaldante, e uma paisagem peculiar na janela. Nunca tive o costume de ler em transportes, preferia carregar algum aparelho que me possibilitasse ouvir músicas durante toda a viagem. Mas às vezes, era no ônibus que eu rascunhava trechos de crônicas que iriam futuramente pro meu blog.

Quando eu morava em BH não escrevia. Não rascunhava. Não tinha blog. Não pegava ônibus.
Em julho completei um ano de FGV, isto é, um ano estudando perto de casa – um ano sem transporte público. Um ano sem histórias rascunhadas... Meu blog estava jogado às traças. Mas ontem, ali em um ônibus lotado, com pessoas de todo tipo, com vento batendo na cara e fones no ouvido, senti vontade de escrever de novo.

E, de repente, as histórias começaram a surgir...

Lembrei-me que, por volta de dois meses atrás, fiz uma viagem pra um encontro familiar em Minas Gerais e que na volta tinha uma senhora, que roncava altíssimo, sentada ao meu lado. O dia seguinte seria lotado de atividades do mestrado e eu precisava dormir... Mas a mulher não parava. O marido dela, sentado umas duas fileiras pra trás, a acordou na primeira parada pra saber se estava tudo bem. Foi quando um garoto entrou no ônibus e dirigiu-se à poltrona que estava o marido da “roncadora-estraga-sonos-alheios”. Aquele jovem simpático – tava escuro, não consegui prestar atenção em detalhes até então – pediu pra que o senhor trocasse de lugar com ele. Preferia sentar no corredor, pois era alto, tinha pernas grandes e sentia-se incomodado com o aperto das poltronas. Aproveitando a oportunidade, pra minha satisfação, o senhor perguntou se ele poderia trocar de lugar com a sua esposa – a roncadora – e ele aceitou. Ele sentou então ao meu lado. Foi quando descobri que era moreno e, sim, tinha a barba por fazer – coincidência, não?¹ Mas eu sabia que aquele não era o MEU moreno. Sabia que ali, do meu lado, estava sentado alguém que tinha uma história completamente diferente da minha, mas que, por um par de pernas grandes e por um senhor preocupado com os roncos da sua senhora, tava cruzando minha vida e que isso me renderia uma crônica! Pensei em puxar conversa com ele, mas desisti quando ele vestiu seu casaco de moletom e colocou o capuz sobre o cabelo molhado. Tava lindo, lindíssimo... Preferi não estragar aquele momento.

Ônibus sempre me renderam histórias, mas o mais engraçado é que eu quase nunca ouço conversas alheias. Sempre coloco a música no último volume, fico apenas observando os gestos das pessoas. Cada um com suas idiossincrasias. Gosto de imaginar o que eles estão conversando e o que fazem da vida.

Ontem, por exemplo, quando olhei pro lado tinha um casal de pé – já comentei que ônibus tava lotado, né? – arrumados como se estivessem indo pra alguma baladinha na zona sul, ambos de costa pra mim. Se entreolharam, a garota começou a rir escandalosamente, o cara riu e levantou a calça. Antes mesmo disso, eu já tinha reparado – algo que era impossível de não ver – que o garoto estava com uma cueca, daquelas samba canção, super grandes, pro lado de fora da calça. Seria esse o motivo da risada? Não sei, não quero saber e tenho raiva de quem sabe! Mas foi isso que me fez rir, me fez sentir inspirada a contar pra vocês essa história. Depois eles se beijaram rapidamente, pois uma freada brusca do ônibus quase os derrubou.

Sim, querido amigo leitor, eu a reencontrei. Na verdade, ela nunca saiu do lugar. Existem vários tipos dela... INSPIRAÇÃO, sua linda, seja bem vinda de volta!

Mas e o culpado? É o ônibus, uai. Na verdade, a falta dele. Acho que pra voltar a escrever com regularidade, preciso transferir meu mestrado pra um lugar distante² ou pegar ônibus aleatórios e sair passeando pela cidade – essa última seria uma boa oportunidade pra conhecer melhor o Rio. Que, diga-se de passagem, é uma cidade encantadora e inspiradora - berço da crônica, mãe dos cronistas! Voltei a me sentir viva... Tô feliz de novo!


¹ Pra quem já conhece meus textos, já deve ter percebido que morenos, altos, com barba por fazer sempre protagonizam minhas histórias. Dessa vez não poderia ser diferente.
²  Não farei isso, fiquem tranquilos. Hehe

P.s.: 12 dias atrás recebi um e-mail fofíssimo de uma outra mineira que ganhou meu livro (Café, cálculos e crônicas) de presente e pediu pra que eu não parasse de escrever. Gostaria de destacar um trecho deste e-mail, vocês entenderão porque: "...como você, sou tão desastrada que um café no ônibus iria provocar uma catástrofe tão grande que eu não teria chance alguma com o moço ao lado, mesmo se ele fosse o amor da minha vida. Aliás, eu tenho disso, de pensar em amores da vida dentro do ônibus."- Indhiara Souza, BH

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Menina está online


- Oi, você tá acordado?

- Tô sim. Tudo bem? J

- Sim. Desculpa. Não tenho o direito de ser grossa com você. :(

- Tranq...

- Nao tenho porque tomar essas atitudes radicais. Sei que se te pedir um tempo, você me respeita.
 
- Acho que só conseguimos estar tanto tempo "juntos", nessa amizade, porque sempre houve transparência. Transparência pra dizer o que está sentido na hora em que está sentido...
 
- Mas eu não queria te deixar triste.
 
- Só fico triste quando você vai embora.
 
- Já fui embora algumas vezes e vou de novo. Mas queria te deixar bem...
 
- Sabe o que eu quero? Quero você perto, cada vez mais perto. Tenho convicção que querer, nesse caso, não é poder, mas ainda assim, eu quero!
 
- Desculpa L
 
- Sem carinha triste, por favor.
 
- Também quero você perto, mas tenho certeza que não devemos ficar juntos!
 
- Eu passo o dia pensando em você, acordo e quem me vem a cabeça é você...
 
- Me conta, como era antes de você me conhecer? 
 
- Eu era triste, andava pela rua amargurado, sem saber para onde ir...
 
- Ah, para, vai. Tô falando sério. haha
 
- Eu tive uma fase meio louca, não tinha compromisso com nada. Mas depois comecei a trabalhar fixo e só fazia isso, até te encontrar. E com você, o que mudou?
 
- Passei a dormir com o celular embaixo do travesseiro. (Risos) Eu gosto de você, sério. Aquele lance de dependência, sabe?
 
- Fico feliz em saber que quando você precisa e quando você não está bem, me procura.
 
- Sou egoísta.
 
- Amo quando seu egoísmo me escolhe!
 
- =P 

- Eu gostaria de dividir a minha vida com você, meus dias, minhas horas...meus sonhos. Não sei o nome disso e nem sei se estou interessado em dar um titulo para isso que sinto, para esse desejo...
 
- Se pudesse ficaria o dia inteiro falando com você. Morro de raiva quando não me dá atenção, quando demora responder... Mas não me apaixonei por você! Preciso dormir, boa noite!

Menina está offline!

(Continua...
...ou não)