sábado, 18 de junho de 2011

O Palhaço Herói


          Era dia de circo. Todos estavam eufóricos. A menina nunca havia assistido a um espetáculo antes. Estava empolgada. Saiu de casa com uma amiga.
         Estavam logo na entrada conversando quando apareceram os palhaços. Primeiro um, depois o outro e outro logo depois. Começaram se entrosar com as moças.  Falaram sobre tudo – sobre a queda do dólar, sobre o que frio que estava indo embora, sobre os próximos locais que estariam com o circo... Eles já estavam quase se sentindo amigos.
         De repente ela se sentiu estranha. Como se algo não estivesse muito bem. Olhou para a amiga para dizer: “não tô legal.” Mas não conseguiu concluir a frase. Estava muito fraca. As pernas amoleceram e ela acabou desmaiando no colo de um dos palhaços.       
       Foi um alvoroço. Todos se ofereceram para ajudar carrega-la. Um foi na frente abrindo o caminho. Outro gritava: “leva ela, leva ela”. E outro: “Precisa de ajuda? Posso fazer respiração boba à boca.
        Mas o palhaço corajoso não se distraiu com tamanha confusão. A segurou fortemente nos braços. E, numa rapidez incrível, chegou ao atendimento médico mais próximo.
        O palhaço sentiu-se mais tranquilo quando a viu conversando. Mesmo assim pediu para que a enfermeira a examinasse. Ele saiu porque só uma pessoa podia acompanha-la e, neste caso, a amiga era a mais indicada.
        Quando elas saíram e eles novamente se encontraram, riram muito do acontecido. Foram risos de nervosismo, vergonha e de alegria por ela estar se sentindo melhor.
        O espetáculo estava para começar. O palhaço tinha que se aprontar e elas precisavam procurar por um lugar na plateia. Despediram-se. A moça agradeceu o ato heroico do palhaço ao salvá-la. E ele disse que queria encontra-la novamente ao final do espetáculo.
        Aquele palhaço não se sentia mais um “palhaço”, de repente ele era um herói, um super-homem... O espetáculo foi sensacional. Ela divertiu-se muito com todas as apresentações, mas ainda sentia-se fraca. Foram logo para casa e não viram mais o palhaço.
       Ao sair do picadeiro o palhaço começou na busca pela menina. Procurou, procurou, procurou... Mas não a encontrou. Estava na hora de voltar para casa, mas a única coisa que o Palhaço-Super-Homem pensava era “onde estará a minha Lois Lane?”

3 comentários:

  1. Hahahahaha...
    "Posso fazer respiração boca à boca?" HAhaha...totalmente excelente!!!
    Muito bom o texto e dessa vez já sei o final \o/...
    Parabéns xuxu e muito feliz por ti!!
    Diogo Barata

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  2. Olá Joyce! Vim retribuir a visita e agradecer o comentário. Que bom q gostou do meu espaço ;)
    Adorei o seu aqui tbm... li o seu "Recolhi-me"
    Percebi que gostas de TM ... rs
    Vou continuar te acompanhando, se quiser tbm: twitter: @larissa_rda
    Um abraço!

    ;)

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  3. Menina do Balaio, você me descobriu e eu não posso fazer mais do que um palpite arriscado.
    Invertemos os papeis: Você agora é o Sherlock e eu
    o seu fiel seguidor,
    Watson.

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