sexta-feira, 28 de maio de 2010
Sentimentos (des)equilibrados
Confesso que hoje eu estou com muita vontade de escrever.
Queria poder arrancar do meu peito toda essa angústia, essa agonia, esses sentimentos malditos que insistem em me pertubar nessa fria noite de sexta-feira. Arrancá-los e jogá-los num papel em forma de uma bela poesia ou de uma carta de amor, colocá-la dentro de uma garrafa e depois jogar no mar - assim como nos filmes - porque talvez alguém, lá longe, no outro continente a encontre. E talvez esse alguém goste e perceba todo o sentimento ali escondido.
Mas enquanto a poesia/a carta de amor não sai da minha mente resolvo ler o que outras pessoas escreveram antes de mim. E encontro ali, muitas vezes em palavras simples, um conforto, um consolo... algo que não consigo explicar. E de repente, todos aqueles sentimentos ruins são transformados em esperança, saudade, alegria...
Como que numa balança, sinto-me novamente equilibrada - pode até parecer, mas isso não é bom. Fico confusa: sem vontade de chorar, mas também sem vontade de rir. E, então, fico 'sem sentido'...
"Já não sinto amor, nem dor, já não sinto nada"
sábado, 22 de maio de 2010
"Desculpa, estou um pouco atrasada..."
Decidi colocar um ponto exclamação no meu passado para terminá-lo de uma forma amigável. Há muito tempo eu tenho tentado fazer isso e sempre mudo de ideia, principalmente, quando resolvo reler todas as mensagens arquivadas na memória do meu celular. Mas já estava cansada de viver o meu hoje presa no que fui ontem. Cansei de viver de nostalgias, choramingando pelos cantos o que já passou enquanto me esquecia de sorrir o que estava acontecendo e de criar expectativas para o que estaria pra acontecer. Comecei,então, por deletar todas aquelas mais de 300 mensagens do celular.
Eu não quero esquecer definitivamente o meu passado e muito menos as pessoas que nele estiveram presente. Quero apenas abrir meus olhos, enxergar além e acreditar que o que eu vou viver no futuro vai ser muito melhor do que tudo que vivi no passado. Tudo mudou em minha vida! Muitas coisas aconteceram nessas quase duas décadas de existência. E os objetivos que eu tenho hoje não são, nem chegam perto, dos que eu tinha há algum tempo atrás.
Eu estive completamente perdida durante um tempo, não sabia onde e nem como me reencontrar. Mas apesar da demora e da longa busca sinto que agora, finalmente, estou andando no caminho certo... um dia eu me acho por inteiro - "espero que ainda dê tempo".
Uma música pra hoje:
Por Onde Andei - Nando Reis
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